Não permitas a fé ao pecado
Nem que o sentimento obscuro
Te alhee da suprema vontade
De uma rota e um amor maior.
Não dês fome à loucura-
Cuida da vida lavando as mágoas
De Neptuno e das estrelas bebe as águas
Do sonho que te procura
Por amar eu existo e não me canso
Que estes mares que afundam a Terra
São sobras do vasto universo
Por amar a Terra entrega-se
Fecham-se os olhos, abalam-se as crianças
A noite cega abre os olhos a quem não teme
terra chama
sábado, 14 de setembro de 2019
domingo, 14 de julho de 2019
“All I know
is that "thank you" should appear somewhere.
So just in case
I can't find
the perfect place-
"Thank you, thank you.”
Uma obra de gratidão.
Nesta coletânea poética Oliver ensina-nos a devoção à vida, a saber existir delicadamente no equilíbrio do mundo natural. Edifica um elogio à Terra e às criaturas que nos guardam na sua despretensão. Apresenta a religiosidade de se estar presente, de sentir e de amar.
O amor e a dor são descritas como cobertas pelo véu da madrugada. Toda a frivolidade do dia-a-dia a que o próprio ser humano se condenou é provada desnecessária comparada com a tenuidade jovial da natureza.
A seleção poética mais inspiradora que tive a oportunidade de ler até hoje. A obra que se alinha com tudo o que pretendo ser.
Obrigada, obrigada, obrigada.
is that "thank you" should appear somewhere.
So just in case
I can't find
the perfect place-
"Thank you, thank you.”
Uma obra de gratidão.
Nesta coletânea poética Oliver ensina-nos a devoção à vida, a saber existir delicadamente no equilíbrio do mundo natural. Edifica um elogio à Terra e às criaturas que nos guardam na sua despretensão. Apresenta a religiosidade de se estar presente, de sentir e de amar.
O amor e a dor são descritas como cobertas pelo véu da madrugada. Toda a frivolidade do dia-a-dia a que o próprio ser humano se condenou é provada desnecessária comparada com a tenuidade jovial da natureza.
A seleção poética mais inspiradora que tive a oportunidade de ler até hoje. A obra que se alinha com tudo o que pretendo ser.
Obrigada, obrigada, obrigada.
sábado, 13 de julho de 2019
I DON'T WANT TO BE DEMURE OR RESPECTFUL
"I don't want to be demure or respectful.
I was that way, asleep, for years.
That way, you forget too many important things.
How the little stones, even if you can't hear them,
are singing.
How the river can't wait to get to the ocean and
the sky, it's been there before.
What traveling is that!
It is a joy to imagine such distances.
I could skip sleep for the next hundred years.
There is a fire in the lashes of my eyes.
It doesn't matter where I am, it could be a small room.
The glimmer of gold Bohme saw on the kitchen pot
was missed by everyone else in the house
Maybe the fire in my lashes is a reflection of that
Why do I have so many thoughts, they are driving me
crazy.
Why am I always going anywhere, instead of somewhere?
Listen to me or not, it hardly matters.
I'm not trying to be wise, that would be foolish.
I'm just chattering."
- Devotions, Mary Oliver
"I don't want to be demure or respectful.
I was that way, asleep, for years.
That way, you forget too many important things.
How the little stones, even if you can't hear them,
are singing.
How the river can't wait to get to the ocean and
the sky, it's been there before.
What traveling is that!
It is a joy to imagine such distances.
I could skip sleep for the next hundred years.
There is a fire in the lashes of my eyes.
It doesn't matter where I am, it could be a small room.
The glimmer of gold Bohme saw on the kitchen pot
was missed by everyone else in the house
Maybe the fire in my lashes is a reflection of that
Why do I have so many thoughts, they are driving me
crazy.
Why am I always going anywhere, instead of somewhere?
Listen to me or not, it hardly matters.
I'm not trying to be wise, that would be foolish.
I'm just chattering."
- Devotions, Mary Oliver
quinta-feira, 11 de julho de 2019
"Uma vez quiseram-me louca, a arder
e eu ardi com a discrição de
um fogo posto
porque a cura vai na mesma direcção
que a nossa febre
Ateei-me como um relâmpago inesperado
à luz do dia
Eu parecia uma basílica em chamas
de altar por estrear, a arder sozinha
Sempre me recusei a arder como os outros
Ardam-se mais à esquerda ou mais à direita
mais a vento de sul ou de norte,
mas labaradem-se, sejam fogos que ardem!
Porque pior que a desdita loucura
é toda a gente andar em brasa
mas ninguém chegar a incêndio
E no fim são todos cinza"
- Ver No Escuro, Cláudia R. Sampaio
e eu ardi com a discrição de
um fogo posto
porque a cura vai na mesma direcção
que a nossa febre
Ateei-me como um relâmpago inesperado
à luz do dia
Eu parecia uma basílica em chamas
de altar por estrear, a arder sozinha
Sempre me recusei a arder como os outros
Ardam-se mais à esquerda ou mais à direita
mais a vento de sul ou de norte,
mas labaradem-se, sejam fogos que ardem!
Porque pior que a desdita loucura
é toda a gente andar em brasa
mas ninguém chegar a incêndio
E no fim são todos cinza"
- Ver No Escuro, Cláudia R. Sampaio
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